Quando sou vencida pela a imaginação, meus lábios dizem teu nome.
Sinto acelerar meu coração, em um silêncio que nunca morre.  (Luany de Macedo, Janeiro de 2008.)


Estou diante de quatro paredes lilás, tem uma enorme janela ao lado, que permite a entrada dos primeiros raios de sol dessa fria manhã, meus olhos ardem de mais uma noite não dormida, há um cinzeiro ao meu lado com alguns restos de cigarros, uma xícara com um pouco de café não degustado e algumas folhas rabiscadas, a música já parou de tocar há algumas horas e o único som que ouço, é o da caneta ao escrever essas linhas mal escritas. Estou vivendo sentimentos e emoções desconhecidas até então, não saberia descrever como tudo começou, só sei que hoje vivo na mais pura dor e agonia, se pudesse voltar atrás e reparar todo o mal de um inicio errante, certamente já teria feito. Estou trancada dentro de um baú de velharias, onde nada muda e nada se transforma. A história se repete sempre, por vários e longos dias...
Olho-me no espelho e nada vejo se não o inicio de um corpo cadavérico com olhos tristes e sorrisos sem graça, uma verdadeira zumbi, sem vida! O sol já não me aquece, as cores já não me alegram, as flores já não me apaixonam e vejo um fim trágico e não muito distante.
Eu quero está sozinha literalmente e não mais sentir a solidão de uma companhia fictícia.



"Odeio quem me rouba a solidão sem me oferecer a verdadeira companhia" (Friedrich Nietzsche)