Quem poderia preencher este vazio no peito,
Chegar tão perto, sem me ferir com o tempo?
Invadir meus pensamentos de um jeito perfeito,
E acalmar em mim todo esse tormento?
Quem me faria esquecer meus próprios planos,
Só pra viver um romance feito canção?
A cada aurora, renovar novos enganos,
E ainda assim, aquecer meu coração?
Aprendi a silenciar minhas tempestades,
A ser abrigo mesmo sem direção.
Carrego em mim mil possibilidades,
Mas não imploro por outra mão.
Talvez eu não tenha nascido pra realidade,
Procuro um papel que nunca quis existir
A não ser nos livros e na eternidade
Que os poetas insistem em construir.
"Eu não sei se sou o pugilista ou o saco de pancadas!"