Quem sou?
Quem sou? Mas até onde tu sabes de ser? Eu, nada sei de ser, além do pó e cinzas que um dia serei. E que em outro tempo tornaram-me quem sou, quem fui. Dificil dizer quem sou, se tenho em mim vários personagens. Mas isso não quer dizer que cada um não seja um pedaço de minha alma.
Luany Nascimento.
Luany Nascimento.
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Naquela tardezinha, o mundo pesava demais,
E eu só queria que a dor cessasse, enfim.
Não era a vida que eu queria deixar pra trás,
Era o sofrimento, gritando dentro de mim.
Na penumbra serena, caixas empilhadas,
Psicoativos — parei de contar no setenta e oito.
Na esperança de calar feridas
Tentei silenciar o caos, sem alarde, sem açoite.
Engoli o silêncio em formas e doses,
Ansiando por paz, por um descanso breve.
Não por ausência, mas por horas menos atrozes,
Menos agudas, menos tristes, menos febris.
Era março, e o tempo parou no chão,
Entre batidas fracas do coração e a escuridão.
Meu corpo, cansado, buscava perdão,
Enquanto a alma afundava em negação.
Não fui covarde, nem busquei o escuro,
Fui só alguém cansada de insistir.
Queria um alívio — mesmo que não fosse seguro,
Só um intervalo pra poder existir.
E hoje carrego cicatrizes caladas,
Não como culpa, mas como sinal:
Sobrevivi às tardes mais sombrias e geladas,
E sigo, mesmo que sem final ideal.
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