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de

A noite em que o riso deveria reinar
Tornou-se um véu de sombras e de espanto...
Sonhei-me presa a um mundo a me enganar,
Onde um só olhar teu valia o quebranto.

Teu perfume pairava, doce e fatal,
Tua voz — tremeluzia em minha razão.
E mesmo no sonho, amor descomunal,
Feriu-me o peito com cruel paixão.

Oh! Culpa amarga, que pesa e castiga,
De amar quem a mim jamais pertenceu...
Tranquei meus sorrisos, calei minha briga,
E até o vinho dos deuses perdeu seu mel.

Em silêncio contemplo teus olhos castanhos,
Moço dos sonhos que à alma consome...
Deixa-me amar-te nos meus desenganos,
Mesmo que eu morra sem dizer teu nome.


"Como pode alguém sonhar o que é impossível saber? Não te dizer o que eu penso, já é pensar em dizer. (...) Não sei mais, sinto que é como sonhar, que o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer. "

2 comentários:

Adorei seu texto! Suas palavras de dor narrando um amor platonico tão sofrivél. A imagem do perfeito ser visto como homem. Inspirador. Seja quem for este perfeito ser, certamente deve ser alguém de sorte!

Continue escrevendo pois estarei sempre por aqui em busca de um novo texto inspirador como este.

Olá, moço. Fico feliz que tenhas gostado e agradeço os elogios. =)

Quanto ao "perfeito ser" ser uma pessoa de sorte... Eu já não sei. rsrs

Abraços!

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