Te amei aos dezesseis, com pressa e medo,
Sem saber lidar com o peso de um “nós”.
Tão nova, tão crua, perdida em segredo,
Fugi do amor... e deixei para trás tua voz.

Fostes o riso sem esforço, o calor no frio,
Tua presença bastava pra me iluminar.
Com teu silêncio doce e o olhar tão sutil,
Fizeste meu peito inteiro se incendiar.

Mas temi o futuro, temi crescer contigo,
Tudo era sério demais pra tão pouca idade.
Eu, imatura, pus fim no que era abrigo,
Confundi amor com medo da verdade.

Hoje te guardo em um canto sereno e profundo,
Amor primeiro, que não volta, nem se desfaz.
És cicatriz bonita, és meu velho mundo,
A lembrança que o tempo não leva jamais.

E se o tempo me levar, num último suspiro,
Levarei comigo teu nome no coração.
Pois foste meu amor mais puro, mais límpido,
A chama que ardeu sem pedir explicação.

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