Quando sou vencida pela a imaginação, meus lábios dizem teu nome.
Sinto acelerar meu coração, em um silêncio que nunca morre. (Luany de Macedo, Janeiro de 2008.)
Quatro paredes, lilases, me encerram,
Testemunhas mudas do meu padecer.
Os dias se vão, os sonhos me enterram,
E o tempo se arrasta sem mais me entender.
No cinzeiro, memórias em brasa calada,
No café, um calor que já não me toca.
Sou sombra esquecida, alma isolada,
Num mundo sem cor, sem graça, sem forma.
A noite repete seu canto sombrio,
Com lágrimas secas e música ausente.
No peito, um abismo, um frio vazio,
Que cala a esperança, lenta e doente.
Meu rosto no espelho, pálido véu,
Não mostra quem fui, mas quem já perdi.
Os olhos são poços, a boca é um réu,
Condenado ao silêncio onde nunca sorri.
E peço à solidão — que seja total,
Não essa ilusão de estar acompanhada.
Quero o nada, o fim, o sono final,
Longe da vida, das vozes, de nada.
"Odeio quem me rouba a solidão sem me oferecer a verdadeira companhia" (Friedrich Nietzsche)
1 comentários:
me siga tb, IzaquelBydysawd.blogspot.com
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