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de


Minha alma é um túmulo em noite cerrada,
Onde o pranto é silêncio e a dor é segredo.
Sinto em mim, como noiva abandonada,
A angústia de viver... sem rumo, sem medo.

Há dias em que o mundo me pesa demais,
E os sonhos se arrastam em luto calado.
Meu riso se perde, meus olhos mortais
Só veem o vazio — tão frio, fechado.

Sou sombra do que fui — suspiro quebrado,
Poetisa sem versos, 
saudade sem nome.
O espelho me nega, o tempo, alucinado,
Apaga quem sou... me dissolve no lume.

Oh, que ânsia de noite! Que tédio profundo!
Carrego no peito um punhal que não corta.
Neste drama cruel de existir neste mundo,
A tristeza é irmã... e a esperança, tão morta.

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