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de


No alto da pedra, braços abertos,
Sinto o vento contar seus segredos.
A alma dança entre céus e vales,
Livre, sem medo, sem rede ou rodeios.

O mundo lá embaixo, tão pequeno,
Enquanto aqui tudo é imensidão.
Os sonhos ecoam entre montanhas,
No compasso calmo do coração.

Cabelos ao vento, cor de alvorada,
Vestem de luz minha contemplação.
Sou parte da terra, da rocha e do tempo,
Sou riso, sou brisa, sou canção.

E assim permaneço, sem pressa ou destino,
Com o horizonte a me embalar.
Porque há momentos que são eternos,
Mesmo que o tempo insista em passar.

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