O céu se fecha em nuvem e luz,
O lago espelha o que a alma conduz.
No banco, o tempo quase se cala,
Enquanto o coração lentamente fala.
Palmeiras dançam ao vento do sul,
E o fim de tarde pinta tudo de azul.
O olhar se perde na ponte ao fundo,
Como quem busca sentido no mundo.
O sol escorre por trás da paisagem,
Feito lembrança em lenta passagem.
Silencia em luz dourada,
Na pele um eco, na mente, mais nada.
E ali parada, entre o ontem e o agora,
A vida respira sem pressa, sem hora.
O Parque guarda, com calma e ternura,
A jovem, o instante, a sombra e a cura.
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